Com certeza dói nos argentinos a eliminação para França, mas não foi nada surpreendente. Se a equipe conseguiu a classificação sofrendo para a Copa do Mundo, e passou de forma milagrosa na fase de grupos, Por que o futebol apareceria justamente na fase de mata-mata? Mistica. Nada mais que isso! Só havia expectativas e esperanças. Desta vez coração não faltou, mas faltava todo o reste quer é preciso para jogar futebol. A seleção Argentina foi superada por um rival totalmente superior.
Mbappé estava demais, mas não apenas ele, toda a França. Mais equipe, mais qualidade, mais recursos táticos, mais individualidades em um nível melhor, mais juventude, mais poder físico. O resumo de tudo o que aconteceu no último jogo, não deixou de ser o resultado do que os três primeiros deixaram transparecer.
Argentina sofreu, ou pelo menos esse grupo sofreu, o estigma de não ser capaz de superar a frustração. Qualquer golpe que recebia era um nocaute. Sentiu contra a Islândia e foi a lona contra Croácia. Em ambos, o "falta de tudo" foi quase escandaloso. Nenhum vislumbre de equipe, nenhuma "atitude", nenhuma individualidade sobressaindo, nenhuma reação do banco, sem poder físico. Contra a Nigéria, ressurreição, foi uma ressurreição surpreendente, porque para além de emocionante, apareceram alguns sinais que não estiveram presentes antes: a melhora do desempenho individual principalmente do craque Messi. As fraquezas ainda estavam lá, ao alcance, mas o crescimento em outros pontos deu vida a esperança.
No futebol você pode ganhar um jogo com garra. Mas contar somente com isso, existem certos limites onde isso não é suficiente. Sem jogar, fica muito difícil.
Na ausência de uma equipe, o time argentino sempre dependia do talento individual. E justamente nenhuma das estrelas apareceu em seu esplendor, mas apenas em alguns momentos, Messi no gol contra a Nigéria, Di Maria com a França, Agüero com dois gols ... Dos novos, nenhum demonstrava grande capacidade fazer essa diferença, jogadores como Pavón, Meza ou Tagliafico.
Não existia uma química entre jogadores e treinador, algo que foi exposto após o 0 a 3 contra a Croácia. As diferenças foram reforçadas e, com muita dificuldade, eles tentaram superá-lo, mas sem futebol ou união para fazê-lo. Não é um fato menor, com a união tudo pode ser melhor.
Os caminhos do treinador, que começou a jogar com uma linha de quatro, que depois colocou três defensores, que voltaram para os quatro ... Sampaoli não tomou nenhuma decisão tática que pudesse mudar a situação do seu time. Já tinha sido muito questionado na montagem da lista e claro que ele nunca encontrou soluções.
Messi não conseguiu se destacar e se tornar um diferencial. Ele não jogou a sua altura e a seleção infelizmente para os dois dependia quase que exclusivamente dele. Ele salvou o time na classificação para a Copa do Mundo, mas na Rússia não brilhou. Futebol deu-lhe quatro Copas do Mundo e nesta esperavas-se muito apesar das limitações defensivas do time já que ele veio descansado e no final da temporada realizou uma preparação especial.
A desordem do AFA acabou influenciando, com três técnicos no ciclo de Eliminatorias, a Rússia foi alcançada com um comando de pouco mais de um ano de Sampaoli. A liderança da Confederação também tem sua responsabilidade ao longo deste ciclo de seleção. A equipe foi a que menos amistosos jogou. A escolha do treinador, que insistiu em sair do Sevilla pagando uma cláusula milionária. E assinando um contrato de fortuna até a próxima Copa do Mundo! Eles achavam que Sampaoli era um revolucionário. Mas não foi exatamente o que ocorreu
