O tradicional jornal de Madrid, O Marca, postou em seu Instagram nesta segunda-feira imagens de do jogador brasileiro Vinicius Júnior representado por figuras satíricas e bonecos, conhecidos como fallas, que são queimados nas ruas e praças de Valência durante o festival "La Falla". A prática, que simboliza a eliminação de problemas e males, gerou uma onda de críticas nas redes sociais.
Entre os críticos, muitos espanhóis lembraram que, durante as enchentes que devastaram várias cidades espanholas e deixaram mais de 200 mortos, Vinicius Júnior foi um dos primeiros a se manifestar e fez uma doação significativa para ajudar as vítimas.
Valência tem sido um local hostil para o jogador brasileiro. Em 21 de maio de 2023, Vinicius Júnior foi alvo de racismo por parte de torcedores do Valencia no Estádio Mestalla. Sua reação, confrontando os responsáveis e criticando o fracasso do futebol espanhol em lidar com a questão, provocou uma onda global de apoio ao jogador.
Em 2 de março de 2024, durante a partida entre Valencia e Real Madrid no Mestalla, Vinicius retornou ao estádio onde havia sofrido abuso racial quase um ano antes. Ele foi vaiado pelos torcedores toda vez que tocava na bola, mas respondeu marcando dois gols no empate de 2 a 2. Após o primeiro gol, comemorou com um punho levantado e, após o segundo, mostrou a orelha para a multidão.
Uma equipe de documentaristas que estava fazendo um filme sobre Vinicius teve o acesso negado ao Mestalla, com Javier Tebas afirmando que o Valencia havia decidido não deixá-los entrar "como medida de precaução". O Valencia reagiu com raiva às sugestões de que o abuso racista no jogo anterior havia sido generalizado, ameaçando uma ação legal depois que Rodrygo, companheiro de equipe de Vinicius, disse que "todo o estádio" estava envolvido.
Na mesma partida, uma brasileira flagrou uma criança chamando Vini Jr. de macaco enquanto estava sentada no colo da mãe, destacando ainda mais a gravidade da situação.
A polêmica em torno do festival "La Falla" e os ataques contínuos a Vinicius Júnior em Valência continuam a levantar questões sobre o racismo no futebol espanhol e a necessidade de medidas mais eficazes para combater essa questão.
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