Quando foram realizados os Jogos Olímpicos de Sidney em 2000 e a dupla Natalie Cook e Kerri Pottharst conquistou a medalha de ouro no vôlei de praia, o esporte cresceu consideravelmente na Austrália.
Atletas muito talentosos surgiram levando o nome do país da Oceania cada vez mais longe no esporte do vôlei de praia.
Sem dúvidas Damien Schumann se encaixa perfeitamente entre esses talentosos jogadores. O australiano de 30 anos nascido na cidade de Melbourne concedeu uma entrevista exclusiva ao site do Top Sports. Falou das dificuldades que enfrentou desde o início da carreira até a sensação de ganhar as medalhas pela Federação Internacional de Vôlei de Praia.
Segundo Damien Schumann, desde cedo ele descobriu que queria ser um jogador de vôlei de praia profissional.
"Com 17 anos eu sabia que queria levar isso (vôlei de praia) a sério e queria jogar no nível mais alto possível."
Mesmo em um país com mais estrutura, Damien revelou a nossa equipe que enfrentou o mesmo desafio dos atletas brasileiros. Também passou por dificuldades no início da carreira.
"No início da minha carreira, foi difícil encontrar dinheiro para jogar e viajar. Também foi difícil porque eu não estava na seleção para ganhar dinheiro e oportunidades."
O australiano ainda contou que o esporte no pais é tido como grande negócio. E mesmo com uma dificuldade em promover o esporte, ele vem evoluindo.
"O esporte na Austrália é um grande negócio. Temos apenas 25 milhões de pessoas em nosso país e nossos esportes mais populares recebem a maioria dos investimentos. Alguns esportes as pessoas nunca ouviram falar deles. Portanto, embora seja difícil promover esportes como o vôlei de praia, ele está crescendo especialmente com a exposição nos Jogos da Commonwealth. "
Segundo Schumann, ele iniciou sua trajetória no voleibol em seu colégio o Mazenod College. Mas, o atleta hoje número 31º no ranking mundial de duplas da FIVB chegou a praticar outro esporte.
"Eu costumava jogar muito Aussie Rules Football (futebol australiano similar ao rugby e o futebol americano). Mas, com muita sorte para não se machucar (risos). "
O medalhista mundial segue uma rigorosa agenda de treinamentos similar a dos brasileiros alternando entre ginásio e areia e ainda revelou que não tem uma alimentação especial.
"Nós treinamos em tempo integral. Cinco dias por semana, similar para aos brasileiros. Cada dia temos 2 sessões. Ginásio segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira e uma sessão de areia. Então, na terça e quinta-feira, 2 sessões na areia. Sem alimentação especial! Eu tento comer bastante coisa saudável, especialmente na preparação para torneios. Eu amo chocolate depois de torneios! "
O garoto de Melbourne conseguiu um grande feito em sua carreira quando conseguiu a expressiva conquista de campeão australiano. Não só uma como duas vezes.
"Tornar-me campeão australiano levou muito tempo e, quando eu era mais novo, nem sabia se era possível. Eu consegui isso duas vezes agora e estou extremamente orgulhoso dos esforços de meus treinadores e companheiros de equipe para me ajudarem a chegar lá. Definitivamente não foi fácil! "
Não satisfeito com o título australiano, Damien Schumann alcançou o mundo quando conseguiu duas medalhas pela organização mundial FIVB.
"Ter duas medalhas que correspondem a FIVB é uma coisa incrível! Muito legal para segurar em suas mãos. "
Conhecido entre atletas e espectadores do Vôlei de praia, Schumann elogiou os atletas brasileiros e diz que enfrentou quase todos que fazem parte da FIVB.
"Eu sabia que alguns dos jogadores brasileiros de turnê mundial me conhecem. Eu joguei contra quase todos eles na turnê mundial em algum momento. Eles são sempre times extremamente difíceis de jogar, não apenas por causa de suas habilidades, mas também jogam duro e nunca desistem. "
Ao fim do bate papo, Damien Schumann ainda revelou carinho pelo Brasil e vontade de retornar ao pais onde já esteve para participar de competições.
"Eu sinto falta do Brasil e espero voltar em breve. Eu amo a cultura do país e acima de tudo admiro o seu amor de voleibol de praia. "
